As chagas do governador Wilson Witzel
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Ilustração |
O ar empestado sufocava-o, dizia ele aos gritos comoventes. Pedia uma porta libertadora que o conduzisse ao convívio do dia claro.
Chorava e bradava, não ocultando aflições e exigências. Que razões o obrigavam a viver naquela atmosfera insuportável?
Notando Nosso Pai Maior que aquele filho formulava súplicas incessantes, entre a revolta e a amargura, profundamente compadecido enviou-lhe uma a uma, Fé, Esperança, Caridade e todas retornavam sem sucesso, pois o devoto continuava sofrendo sem poder respirar.
Todavia, porque o mísero devoto prosseguisse gritando, revoltado, o Pai Compassivo enviou-lhe a Verdade. Quando a portadora de esclarecimento se fez sentir na forma de uma grande luz, o infortunado, então, viu-se tal qual era e apavorou-se.
Seu corpo era um conjunto monstruoso de chagas pustulentas da cabeça aos pés e, agora, percebia espantado, que ele mesmo era o autor da atmosfera intolerável em que vivia. O pobre tremeu cambaleante e fugiu, espavorido, para bem longe da verdade.
Wilson Witzel ao solicitar ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro que investigasse a fundo as denúncias que pairavam sobre o ex-subsecretário executivo de saúde, Gabriell Neves, posteriormente preso pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro por indícios de crime contra o patrimônio público, acreditou trazer à luz os responsáveis pelas mazelas do seu governo.
Eis que a luz da verdade trazida pela investigação estadual dissipou toda a escuridão e apresentou um quadro lamentável.
Para o espanto do Governador Wilson Witzel, as chagas cobriam todo o seu corpo, e, como tais, eram responsáveis pelo terrível odor que se espalhou por toda a sua administração.
Somado a isso, novas investigações, sob a competência federal, foram instauradas e novos atores foram identificados, todos ligados ao seu “filho” querido, Lucas Tristão, cujo temperamento se assemelha à interpretação do ator Matt Demon em Gênio Indomável, com a diferença de que os atributos intelectuais de LT estão mais próximos dos personagens de Debi & Loide.
Wilson Witzel, surpreendido por tantas enfermidades, impregnadas em seus secretários e em seu combalido corpo, se recusa a assumir a sua responsabilidade pela contaminação da administração do Rio de Janeiro e se esconde atrás da negação. Nega tudo e acusa o magistrado Bretas de trabalhar a serviço dos inimigos políticos, como se os membros do Ministério Público Federal e da Polícia Federal fossem coadjuvantes em todo o processo de investigação.
Além disso, é inaceitável para qualquer estudante de direito, principalmente para um experiente magistrado, acreditar que a lei outorgou poderes para um juiz decidir fora dos limites da lide e sem qualquer controle. Lamentável as suas cerebrinas e sibilinas afirmações.
Só nos resta gritar, corra Wilson, corra Wilson, corra para bem fundo da caverna e leve com o senhor todas as suas chagas para que o ar do Rio de Janeiro volte a ficar mais limpo.
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Paulo Xavier
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