Ketula Mello fala sobre a importância da mulher no carnaval e na sociedade
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Ketula Mello |
“As mulheres precisam ser mais ouvidas, principalmente as rainhas, que
são muitas vezes enxergadas só pelo corpo. Eu, em 2019, pude representar
uma guerreira africana e recebi tanto comentários positivos após o
desfile que fiquei muito honrada. É importante deixar nós, mulheres
negras, falarmos, e evidenciarmos tudo aquilo que vivenciamos”,
desabafou Ketula.
A beldade foi a primeira Musa do Caldeirão do Huck, em 2003, e reinou
à frente dos ritmistas da Porto da Pedra em 2001, 2002, 2003, 2004 e
2017. Ela também foi Rainha do Carnaval carioca em 2008. A real noção da
sua relevância nesses postos, porém, só veio depois: “Eu fico muito
feliz de representar tantas meninas. Na minha época, a gente não tinha
um rede social e eu não enxergava a importância de uma rainha negra como
eu vejo hoje”.
Ketula revelou que, quando começou no samba, se inspirava na
ex-Globeleza Valéria Valessa, por achá-la elegante, e na passista
Janaína, da Viradouro. Ela também contou como surgiu a famosa jogada de
perna, apelidada de ‘Ketulão’.“Eu acho que o samba é sentir e quando você não sente e transmite
essa verdade, o povo percebe. Eu sentia que eu precisava criar algo de
diferente, não é só o sambar, é você sentir o coração da escola. Até que
um dia eu joguei a perna e batizaram de ‘Ketulão’. Hoje, por eu onde eu
passo, todo mundo fala: ‘a pernada’, ‘joga a perna’”.
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Fonte SRZD
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